Em meus trabalhos com profissionais de diversos perfis, em empresas dos mais variados segmentos, identifiquei que, especificamente nos cargos de liderança, existe algo em comum: a maioria das pessoas não está preparada para assumir um time.
Parece contraditório que um funcionário receba a responsabilidade de gerir uma equipe, sem ter todas as competências necessárias para tal. Mas sim, é o que acontece, todos os dias, em muitas empresas.
Grande parte dos líderes chegaram a tal posto porque foram excelentes analistas, técnicos ou vendedores, por exemplo. Porém, o êxito na função dependia única e exclusivamente deles próprios.
O comprometimento, o esforço, a dedicação e, claro, a qualificação, é que deram condições a essas pessoas se destacarem a ponto de ganharem a confiança da alta direção das organizações nas quais trabalham.
É, então, que surgem vários novos desafios juntos a tão almejada promoção. Tomar decisões, delegar tarefas, descentralizar atividades, mensurar resultados e o mais crítico de todos: a gestão de pessoas.
Você, líder, provavelmente não se sentiu 100% preparado pela organização para assumir essa nova função, não é mesmo? A falta de clareza das companhias sobre o ineditismo de tudo que está por vir para um novo gestor é o que acarreta na morosidade e, por que não, na dificuldade de adaptação.
Abaixo, faço a você algumas perguntas, para que reflita sobre tudo o que disse até agora. Responda mentalmente ou, se preferir, aproveite para deixar seu comentário ao final do artigo:
● Você tinha clareza do que era esperado do líder de pessoas quando foi promovido?
● Você teve dúvida quanto à sua real competência para conduzir uma equipe? Se, sim, quais?
● Você já recebeu algum treinamento sobre como fazer gestão de pessoas?
● Qual a parte mais desafiadora em ser líder de equipe? O que você tem feito para se desenvolver?
Eu sei, algumas dessas questões devem ter feito você olhar para trás e pensar sobre como muita coisa poderia ter sido diferente, desde que assumiu o cargo, se tivesse maior apoio da empresa.
Mas já que a realidade não é assim, cabe a você autodesenvolver alguns pontos essenciais. Transformar-se em líder exige um leque de habilidades e competências ausentes nas outras pessoas.
O que você precisa para atender às expectativas atuais
Com a solidificação dos profissionais da Geração Z, nascidos em meados dos anos 1990, muita coisa mudou nas dinâmicas das empresas. Essas pessoas não gostam de ser mandadas, pregam pela transparência e pelo ambiente colaborativo de troca de ideias.
Sim, já existem alguns líderes nessa faixa de idade, mas como a maioria ainda está em papéis de assistentes e analistas, é algo para se considerar e ficar em seu radar.
Reter esses talentos também não é fácil, e cabe ao gestor colaborar, junto às ações de cultura organizacional e desenvolvimento de pessoas, nesse sentido.
Por fim, meu recado final neste artigo é que você busque ser cada vez melhor como um bom ouvinte, promotor de um ambiente de confiança, transparência e autonomia.
Na verdade, ser líder vai muito além de gerir um grupo de profissionais. É uma maneira de empoderar pessoas em prol dos resultados da companhia, de forma fluida, simples e motivadora.
fonte: https://www.linkedin.com/pulse/como-voc%C3%AA-desenvolve-seu-papel-de-l%C3%ADder-fatima-boteguin-ribeiro/