Este artigo é para falar principalmente com as pessoas que estão há praticamente duas semanas trabalhando em home office, sozinhas ou se relacionando virtualmente com as equipes. Também me incluo nessa.
Nunca recebemos tanta informação, muitos nunca estiveram tão ocupados. Se antes achávamos que o trabalho era uma correria, o que diremos de agora?
Minha sensação é de que está acontecendo tudo ao mesmo tempo, numa velocidade absurda.
O sentimento é de que não damos conta de tudo o que está acontecendo, que estamos perdendo muita coisa no caminho. Tem muito conteúdo, lives, webinars… acho que nunca vi tantos na vida.
Ufa! Está ficando muito cansativo, não é mesmo? A proposta desta leitura é você parar e pensar sobre como está conseguindo manter o foco, lidando com toda essa ansiedade do mercado (e, por que não, interna), num cenário delicado e cheio de incertezas.
Acredito que é o momento de pararmos, refletirmos e entendermos a situação sob três pilares:
1. Praticar a autorreflexão
Pensar em você mesmo, ou seja, refletir sobre o que está nas suas mãos, a seu alcance, dentro do cenário atual. Como fazer isso? Olhando para dentro.
É se perguntar: como vou manter o foco? Para muita gente, os objetivos são claros. Porém, para tantas outras, é comum não saber exatamente o que quer, do que gosta ou até mesmo quem é.
Para grande parte da população, o trabalho segue, por mais que em uma situação bem diferente da usual. Para essa parcela, não existe tanto impacto.
Agora, para os que estão sem trabalho, pois são autônomos ou atuam em empresas que tiveram que congelar as atividades, o que fazer? As incertezas são ainda maiores.
Olhe para dentro de si, entenda onde está, qual é o seu momento de carreira e o que pode aprender com tudo o que vem ocorrendo nas últimas semanas. Reflita: quais são os aprendizados?
2. Ter mais empatia
Como vejo o outro nesta situação inédita? Falando agora dos gestores, por exemplo, como podem ajudar suas equipes hoje? Quais são os reflexos da quarentena nos indivíduos? De que forma todas as incertezas vêm impactando na cabeça das pessoas?
Tudo isso e mais um pouco deve ser colocado na conta. Até mesmo os reflexos da vida privada estão no contexto.
Uma amostra é o próprio trabalho em casa. Como as pessoas vão cuidar da família? O risco do home office, ao meu ver, é estar em casa e só trabalhar, trabalhar e trabalhar durante todo o período.
Claro que o momento é de extrema de dedicação para não deixar a peteca cair, mas e os familiares nesse contexto todo, como ficam?
Vamos olhar para o outro? O que você pode fazer para facilitar a vida dos seus colegas de trabalho? Está aí mais uma reflexão.
3. Lidar com fatores externos
A pandemia, a economia frágil, os acessos do mundo (econômico e social) fechados. Todos esses são fatores que não estão nas nossas mãos, o controle é zero aqui. Portanto, neste período, não precisamos nadar contra a maré. É aceitar aquilo que não podemos administrar.
Costumo brincar que agora é momento de comprar uma prancha, aprender a surfar e entrar na onda. Ou seja, é tempo de olhar pra dentro, aproveitar todos esses dias que virão para respirar, refletir sobre as emoções internas.
E não se esqueça: todos nós podemos pedir ajuda. Nunca passamos por nada parecido, as reações são diversas, e é normal se sentir fragilizado. Estamos juntos nessa.
Até a próxima!