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Antes de mais nada, quero dizer que este artigo é para uma reflexão sobre o mercado e, também, a respeito de como as empresas direcionam seus investimentos e atenção em desenvolvimento de pessoas.
Pense comigo: você já viu uma padaria funcionar sem a presença do padeiro? É bem provável que não. Mas, se o dono do estabelecimento é quem se ausenta, os funcionários dão conta e o negócio continua rentabilizando, não é mesmo?
Esta analogia simples vai ao encontro do que quero explanar neste meu post: fala-se muito de investimentos em gestão e pouco na valorização dos profissionais que de fato executam as atividades, vistos como base das companhias.
Isso se explica em números. A mais recente pesquisa “O Panorama do Treinamento no Brasil”, feita em 2018 pela Associação Brasileira de Treinamento em Desenvolvimento, em parceira com mais três instituições, revelou que 51% das organizações direcionam investimento em T&D (Treinamento e Desenvolvimento) com foco nas lideranças.
Ou seja, por mais que saibamos que a máquina não gira sem o trabalho dos subordinados, normalmente vemos as empresas investindo na média ou alta gestão, esquecendo de dar suporte e desenvolvimento para quem precisa entregar resultados sem, muitas vezes, base de formação e pouquíssimo acesso a ferramentas de desenvolvimento.
A questão aqui não é desmerecer a atenção dada aos gestores, mas sim alertar sobre a importância de valorizarmos a mão de obra, no sentido de aprimorar ou até mesmo criar competências, habilidades e técnicas focadas em resultados no curto, médio e curto prazos.
Sem isso, esses mesmo profissionais nunca terão a base necessária para se tornaram, também bons líderes em suas carreiras. Percebe que é um círculo virtuoso, que precisa ser constantemente alimentado?
Muito se fala em transformação digital, indústria 4.0 e todos os componentes que esses movimentos trazem ao mercado de trabalho. Mas quer ver um dado curioso? Mesmo a área que mais tem a tecnologia intrínseca na sua realidade, a TI, vê uma escassez de mão de obra e, por isso, não se desenvolve tanto quanto poderia, aqui no Brasil.Um estudo feito pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) revelou que até o fim de 2019, mais de 25 mil postos de trabalho em Tecnologia da Informação simplesmente não serão preenchidos por falta de pessoas e capacitação no mercado.
Este é mais um exemplo claro sobre como devemos valorizar os executores das tarefas e atividades do dia a dia, para que não ocorram gargalos e gaps técnicos de contratação.
Por fim, quero deixar mais um ponto de reflexão. Infelizmente, muitos dos processos de seleção, independentemente do setor que a empresa pertença, ainda segue o racional dos baixos salários, sem planos de carreira transparentes e desenvolvimento tanto pessoal como profissional.
E na sua empresa, o que vem ocorrendo para que esse quadro mude, com foco na valorização da mão de obra? Conte para mim, no campo de comentários abaixo. Até a próxima![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
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