Avaliar candidatos com base no comportamento em vez das habilidades técnicas se tornou uma prática bastante disseminada no mercado, quando, na verdade, deveria ocorrer uma seleção por competências.
O que ocorre é que acaba sendo mais complexo por parte de quem recruta se pautar em elementos concretos a respeito de conhecimentos, habilidades e atitudes na hora de selecionar o candidato ideal.
Ainda existe uma grande falta de clareza de quais são aquelas competências relevantes para determinado cargo, o que direciona quem trabalha com recrutamento e seleção para decisões ainda muito subjetivas.
Neste artigo, você vai entender o que é a seleção por competências e como os dois lados, tanto selecionador como postulante a uma vaga, devem se familiarizar a essa modalidade.
O que é seleção por competências
O processo de seleção por competências é uma metodologia, dentro do universo de recursos humanos, que visa identificar profissionais que se enquadrem a cerca de um conjunto de especificidades de determinado cargo.
A ideia é que tudo possa ser mensurado, tanto das hard skills quanto das soft skills.
O mais interessante nesta aplicação é que o subjetivo sai de cena, tornando o processo pautado no conhecimento e nos aspectos individuais do candidato.
“O selecionador precisa se preparar para entrevista, saber exatamente o que o cargo vai exigir da pessoa que irá contratar; entender que não existem ‘super-heróis’ profissionais, aquela coisa de ser tudo ao mesmo tempo”, pondera a diretora da RH em Foco, Fátima Boteguin.
É muito comum, inclusive, encontrarmos diversas etapas na seleção por competências, como entrevistas, questionários, testes e dinâmicas. Tudo para apoiar o selecionador na melhor escolha àquela oportunidade aberta.
Segundo Fátima, é essencial entender que o melhor candidato é aquele que atende a necessidade real da vaga, mas que a empresa também atenda à expectativa do candidato.
“Competência não tem gênero, raça, idade e nem ideologia política. Cuidado ao selecionar pessoas, fazendo julgamento de valores pessoais, deixando de lado as competências importantes para a oportunidade”, completa.
Como o candidato deve se preparar
O que dizer na entrevista? O que o selecionador quer escutar de mim? Quais são as informações que vão me destacar? Essas são perguntas naturais de quem fica ansioso por aquela tão sonhada aprovação em um processo seletivo.
Na seleção por competências, é importante que o candidato se conheça bem, a ponto de saber mostrar o que domina e até mesmo revelar determinadas fragilidades – afinal, somos seres humanos, acima de tudo.
Ter clareza das competências, do que faz bem, dos resultados que entregou, de que tipo de cultura se adapta melhor e em que tipo de cultura não quer trabalhar são bons exemplos de levantamentos prévios.
“Quem está concorrendo a uma vaga precisa dar respostas que contenham ação e resultado, demonstrando ao selecionador que está falando aquilo em fatos concretos, a respeito do que viveu e foi protagonista”, explica Boteguin.
Gostou de conhecer como funciona a seleção por competências e por que a metodologia se tornou tão relevante nos processos de recursos humanos?
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