Em todos os processos que vejo, seja de seleção ou desenvolvimento de pessoas, o que mais percebo é que as angústias, receios, problemas e até dificuldades dos profissionais estão totalmente ligados à falta de autoconhecimento.
Pergunto: o que te levou a escolher a profissão que tem hoje? Foi com base em um talento seu, algo que gostava e sentia prazer em fazer, ou escolheu o trabalho por interferência ou influência dos pais, familiares ou colegas? A possibilidade de ganhar muito dinheiro pode ter atraído você?
Normalmente, as pessoas escolhem as carreiras não muito pautadas em um talento natural, mas sim visando algo que tenha alguma influência externa (mercado, família, status etc).
Quando se sabe exatamente o que quer, o que gosta e no que é bom, isso traz liberdade para escolher o que, de fato, lhe agrada. Quando você é especialista em você, tende a trabalhar melhor seus pontos fortes, bem como suas fragilidades.
Por exemplo, se a pessoa não é reconhecidamente boa em determinada ferramenta ou atividade, o indicado é não escolher uma profissão que irá exigir muito disso. O melhor caminho é executar tarefas que explorem melhor os talentos natos.
Quando esse caminho profissional parece confuso, é importante procurar um orientador de carreira. Ele vai te ajudar na compreensão de quais são suas competências, habilidades e talentos. A partir disso, serão apresentadas oportunidades e caminhos para entregar o melhor de você.
Uma analogia com a História do Buda Dourado
Gosto bastante de um fato (não é uma fábula) que aconteceu em 1957, na Tailândia, onde foi encontrada uma das maiores estátuas de Buda que se tem notícia, com 3,91 metros e 5,5 toneladas.
Na oportunidade, um grupo de monges precisou transportar um Buda gigante feito de argila, numa mudança de mosteiro. Uma rachadura foi feita no transporte, e numa das noites da viagem, um dos monges notou um brilho vindo de dentro da estátua.
Deu algumas marteladas no local, e se viu ofuscado por uma luz muito brilhante. Continuou o trabalho de tirar aquela casca. Depois de horas, olhou para cima, e foi revelado um enorme Buda de ouro maciço.
O que quero mostrar aqui é que o especialista em si próprio é aquele que descobre seu ouro interno, aquele que enxerga seu potencial, e tira a casca de um cargo ou uma posição na qual não está feliz, conquistando sua real satisfação e seu talento.
O verdadeiro tesouro se esconde dentro de nós. Nós, seres humanos, inconscientemente ocultamos nosso ouro interior debaixo de uma casca. Tudo temos que fazer para descobrir a luz do nosso ouro é ter a coragem de extraí-la, pedaço por pedaço.
A verdade é que, quando nos abraçamos na totalidade, experimentamos a liberdade. Todos nós nascemos para brilhar. Vamos descobrir qual é seu brilho natural?
Até a próxima!