Quando você delega tarefas, cria seguidores. Quando delega autoridade, cria líderes. Esta frase foi dita por Craig Groeschel, fundador e pastor de uma igreja norte-americana, a LIfe.Church, e tem tudo a ver com o que vou lhe dizer neste artigo.
A delegação de autoridade, também conhecida como empowerment ou empoderamento, é o processo no qual o líder transfere, de forma positiva, sua responsabilidade para os membros do time.
A meu ver, é uma maneira bastante sustentável e estratégica de fazer gestão.
Confere autonomia e poder de decisão para todos os profissionais da hierarquia, direcionando a uma administração de tarefas responsável, assertiva e comprometida com bons resultados para a companhia.
Neste contexto, a delegação eficiente deve estabelecer não somente autoridade, como também a responsabilidade, prazos de entrega e controle das atividades diárias.
Peter Druker, escritor, professor e consultor administrativo, sugeriu as seguintes reflexões em uma de suas obras:
- O que faço que não deveria fazer?
- O que faço que apenas eu devo fazer?
- O que faço que poderia ser feito por outro?
- O que deveria fazer e ainda não faço?
São perguntas que podem trilhar qualquer líder neste processo de delegação de autoridade, uma vez que descentralizar execuções e, também, decisões faz parte de uma gestão moderna e saudável para fatores como combate ao turnover, desenvolvimento de pessoas e atingimento dos KPIs da organização.
Consequências da falta da delegação de autoridade
Decidi escrever sobre este tema porque já vi e ainda vejo muitas empresas e muitos líderes sem esta consciência sobre o empoderamento. O paradigma de que “manda quem pode, obedece quem tem juízo” ainda é, acredite, muito presente em diversas companhias.
Bom, mas vamos ao que a falta de delegação pode gerar. Na raiz do processo, o prejudicado é o próprio gestor.
Ao centralizar as coisas, será constantemente pressionado por não cumprir metas e prazos, e terá dificuldade por não finalizar muitas das tarefas diárias, por mais que sejam pequenas, pois se acumularão.
Sem falar no aspecto emocional deste profissional. Trabalho excessivo, noites mal dormidas, estresse, conflitos com os subordinados e, também, férias acumuladas são fatores que podem facilmente acontecer dentro deste contexto.
Falando da equipe, as consequências da ausência de delegação são, em alguns casos, praticamente irreversíveis.
Falta de motivação, de engajamento, baixo comprometimento, dependência do líder para dar qualquer passo e baixa autoestima são sintomas bastante evidentes de que o gestor deste time não sabe delegar autoridade.
Os níveis de delegação
Bom, agora que você conhece a importância e as consequências de não delegar autoridade aos liderados, para finalizar, vou mostrar alguns níveis:
Delegação total: subordinado assume inteiramente a tarefa.
Delegação dividida: compartilhada com o colaborador, pois parte da tarefa não pode ser delegada.
Delegação por substituição: quando o líder está ausente e seu liderado pode assumir grande parte da tarefa.
Delegação com recomendações: o colaborador ainda não está preparado para grande parte da tarefa e necessita de treinamento.
Gostou de conhecer sobre este tema tão importante para o desenvolvimento de profissionais e sucesso das empresas? Aproveite para deixar sua visão, no campo dos comentários.
Até a próxima!